Nenhum extintor pode ser usado para combater todos os incêndios e, como cada tipo de extintor tem diferentes classes de incêndio em que é eficaz, a seleção pode ser um campo minado.
O primeiro passo é verificar quais materiais estão presentes na área a ser protegida do fogo. Estes podem ser divididos em seis categorias de fogo envolvendo diferentes substâncias:

⦁ Classe A, sólidos combustíveis à base de carbono, por exemplo, papel, madeira ou têxteis
⦁ Classe B, líquidos inflamáveis, por exemplo, parafina, gasolina, diesel ou óleo (mas não óleo de cozinha)
⦁ Classe C, Incêndios causados ​​por equipamentos elétricos
⦁ Classe D, queima de metais, por exemplo, alumínio, lítio ou magnésio
⦁ Classe K, gorduras e óleos de cozinha.

Cinco tipos principais de extintores de incêndio

⦁ Água, névoa de água ou spray de água
⦁ Espuma
⦁ Pó Seco – padrão ou especialista
⦁ Dióxido de carbono (CO2)
⦁ Químico Úmido

Tabela de tipos de extintores de incêndio

Este gráfico visualiza os tipos de extintores de incêndio e os tipos de incêndio para os quais são adequados.

Tipos e usos de extintores de incêndio

Extintores de água
Extintores de água são adequados apenas para incêndios de Classe A consistindo de papel, madeira, palha, carvão, borracha, plásticos sólidos e estofados. Alguns têm um aditivo para tornar a água mais eficiente e reduzir o tamanho e o peso necessários do extintor
Os extintores de água são os mais fáceis de manter a variedade e os menos perigosos, uma vez que contêm apenas água. Eles esfriam o fogo embebendo-o e os materiais com água. Isso apaga as chamas, absorvendo o calor dos objetos em chamas.
Eles são frequentemente encontrados em lojas, escritórios, escolas, hotéis, armazéns e instalações domésticas. Eles podem ter bicos de spray ou jato e geralmente são capazes de apagar o fogo completamente. Uma desvantagem é que eles não podem ser usados para apagar queima de gordura ou óleo (Classe K), de metais (Classe D), de líquidos (Classe B) ou de aparelhos elétricos (Classe C).

Extintores de névoa de água
O mais novo tipo de extintor. Esses dispositivos muito poderosos, porém menores, exalam uma névoa ultrafina de partículas microscópicas de água desmineralizada, “seca”. Eles são seguros e eficazes para uso em incêndios de Classe A e B, tornando desnecessário o fornecimento de mais de um tipo de extintor na maioria das instalações. Alguns também são adequados para uso em incêndios elétricos em equipamentos de até 1.000 Volts, como computadores e impressoras.
Eles funcionam esfriando o fogo e reduzindo o suprimento de oxigênio. É provável que esses dispositivos substituam os extintores de produtos químicos úmidos para a extinção de incêndios em fritadeiras, e não deixam resíduos ou danos colaterais. Assim como os extintores de água, eles são recicláveis e não contêm produtos químicos. No entanto, eles não podem ser usados em incêndios de Classe D (metais).

Extintores de incêndio com spray de água
Disponíveis em três e seis litros, os extintores de spray de água são adequados para incêndios envolvendo materiais sólidos orgânicos como madeira, tecido, papel, plástico ou carvão. O uso na queima de gordura ou óleo ou em aparelhos elétricos é ineficiente.
O uso envolve apontar o jato para a base das chamas e movê-lo constante e continuamente pelo fogo até que seja extinto.
Um bico de jato é evitado em favor de um bico de pulverização, o que cria uma cortina de pulverização fina da pressão mais alta. Atingindo uma área de superfície mais ampla, isso extrai o calor mais rapidamente. Surfactantes podem ser adicionados para ajudar a água a penetrar ainda mais no material em combustão.

Extintores de espuma
A espuma abafa o fogo em sólidos e líquidos (Classe A e B), mas não em queima de gorduras ou óleos de cozinha (Classe K). Eles podem ser usados em alguns incêndios elétricos se tiverem sido testados e se disparados a 1 metro de distância.

Extintores de pó seco
São adequados para o combate à queima de sólidos, líquidos (incêndios classes A, B). Extintores de pó especializados são projetados para combater incêndios do tipo D, envolvendo metais combustíveis, como lítio, magnésio ou alumínio.
Eles agem pelo pó formando uma crosta que abafa o fogo e impede que se propague.
As desvantagens são que o pó não penetra nos materiais e não tem um efeito de resfriamento eficaz no fogo, o que pode resultar no reacendimento do fogo. O pó é perigoso se inalado, por isso devem ser usados em áreas bem ventiladas e não são adequados para escritórios e instalações domésticas. O pó danifica estofados, máquinas, etc. e precisa de muita limpeza após o uso. Eles não podem ser usados em fogos de fritadeiras (Classe K).

Extintores de CO2
Eles contêm apenas gás dióxido de carbono pressurizado e, portanto, não deixam resíduos. Eles são adequados para uso em incêndios envolvendo a queima de líquidos (Classe B), e incêndios elétricos (Classe C), como de grandes equipamentos de informática, por isso são práticos em escritórios. O CO2 atua sufocando o fogo e não causa danos aos itens elétricos e nem causa curto-circuito no sistema.
No entanto, os extintores de CO2 ficam muito frios durante a descarga, e aqueles que não estão equipados com difusor giratório de degelo e de revestimento duplo podem fazer com que os dedos congelem no difusor durante a aplicação. Eles podem asfixiar em espaços confinados e não são adequados para fritadeiras, pois o jato forte do extintor pode levar a gordura queimada para fora da fritadeira. Os incêndios podem reacender-se rapidamente assim que o CO2 se dissipa na atmosfera, por isso não oferecem segurança pós-incêndio.

Extintores de química úmida
Estes são os únicos extintores, além da névoa de água, adequados para incêndios de classe K(gorduras e óleos de cozinha) e são usados principalmente em cozinhas com fritadeiras. Eles também podem ser usados na Classe A e alguns podem ser usados em incêndios da Classe B. Consistem em uma solução pressurizada de sais alcalinos em água que, quando operada, cria uma névoa fina, resfriando as chamas e evitando respingos, a química usada também reage com gorduras convertendo-as para uma espécie de saponáceo, daí serem conhecidos por saponificantes.

Quais tipos de extintores de incêndio usar
⦁ Classe A – água, névoa de água, espuma, pó seco, químico úmido
⦁ Classe B – névoa de água, espuma, pó seco, CO2, químico úmido
⦁ Classe C – CO2
⦁ Classe D – pó seco especializado
⦁ Classe K – químico úmido.

Uso do extintor de incêndio

Idealmente, os extintores de incêndio devem ser usados apenas por alguém que foi treinado para fazê-lo. Deste modo, o texto a seguir não conta como treinamento. Além disso, um extintor de incêndio só deve ser ativado depois que o alarme de incêndio for acionado e você tiver identificado uma rota de evacuação segura. Retire-se do prédio imediatamente se ainda não tiver certeza em usar um extintor de incêndio ou se essa for claramente a opção mais segura.

No entanto, a seguinte técnica pode servir como um lembrete para aqueles que têm realizado treinamento ou se alguém sem formação, algum dia, precisar usar um, de modo a melhorar as chances de que todos escapem ileso.

A seguinte técnica de quatro etapas pode ser memorizada mais facilmente com o acrônimo PASS:
⦁ P – Puxe o pino que destrava a manopla de operação
⦁ A – Aponte o extintor para baixo, na base do incêndio
⦁ S – Aperte a alavanca do extintor para descarregar o agente
⦁ S – Varra o bico ou a mangueira de um lado para o outro e continue varrendo o extintor para frente e para trás na base das chamas até que o fogo se extinga ou o extintor esteja vazio

Cobertores de incêndio, mangueiras e baldes

Esses métodos de extinção de incêndio são acréscimos úteis aos extintores.
Os baldes de incêndio podem ser usados cheios de água em incêndios de Classe A, ou com areia para usar como um agente absorvente em líquidos inflamáveis derramados (Classe B). Eles não devem ser usados com água na queima de gordura ou óleo ou em aparelhos elétricos. No entanto, às vezes são deixados vazios ou mal utilizados e têm um efeito limitado, pois não podem ser usados em grandes incêndios.
As mangueiras de incêndio deixam sair água em alta pressão. Eles podem ser eficazes em incêndios de Classe A, mas são muito pesados.
Cobertores corta-fogo são eficazes para abafar pequenos incêndios contidos em cozinhas ou barcos, se for feita uma boa vedação, e para envolver pessoas cujas roupas estão pegando fogo. Feitos de fibra de vidro, eles podem suportar temperaturas de até 500 ° C e são compactos e portáteis. Eles não precisam de manutenção, mas só podem ser usados uma vez.

Extintores de incêndio automáticos

Os extintores automáticos são projetados para combater incêndios no transporte, como no compartimento do motor de barcos ou veículos de grande porte, ou no uso industrial, como em salas de gerador ou de informática. As vantagens incluem recarga fácil e automonitoramento constante, e eliminação da necessidade de operação manual em áreas não tripuladas.
Esses extintores são projetados para entrar em ação quando detectam calor. Por outro lado, a sua colocação é crucial, uma vez que podem ser acionados erroneamente quando a temperatura ambiente atinge o nível de disparo.
Disponíveis em pó seco (azul) ou limpo, gás extintor inerte, que substitui o agora ilegal halon, proibido por seu efeito na camada de ozônio (verde), eles protegem contra incêndios de Classe A, B, C e elétricos.

Extintores de incêndio para veículos

Geralmente contendo pó seco para combater incêndios de Classe A, B e C, seu tamanho deve ser selecionado de acordo com o tamanho e tipo de veículo. Seu uso é aconselhável, mas não é uma exigência legal em carros comuns.

Tampas de extintor de incêndio

São usados para proteger extintores em ambientes agressivos. Tampas do carretel de mangueira também estão disponíveis.